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“Beau tem medo” de Ari Aster – Critica

“Beau tem Medo”, o mais recente filme do diretor Ari Aster Com Joaquin Phoenix no papel principal, a obra promete oferecer uma experiência cinematográfica única, desafiando convenções narrativas e explorando temas profundos. É inegável que o filme desperta curiosidade e oferece uma jornada angustiante para o público.

“Ambientada em um presente alternativo, a trama acompanha Beau Wassermann (Joaquin Phoenix), um homem extremamente tenso e paranoico que tem uma relação turbulenta com a mãe dominadora, Mona (Patti LuPone), e nunca conheceu o pai. Quando Mona morre, Beau precisa ir até sua antiga casa para o funeral, mas a viagem acaba sendo dificultada por uma série de acontecimentos imprevisíveis que parecem tentar desviá-lo de sua jornada a qualquer custo. Agora, ele deve enfrentar seus piores e mais absurdos medos se quiser chegar ao seu destino.”

“Beau tem Medo” se destaca por sua coragem em desafiar as expectativas e romper com os padrões narrativos convencionais. Ari Aster nos leva por uma odisseia cinematográfica desconcertante, onde a confusão e a ambiguidade são elementos-chave. A abordagem de Ari Aster, embora possa ser confusa em alguns momentos, é uma tentativa corajosa de subverter as expectativas do público e de explorar temas complexos, como medo, angústia e identidade. é uma verdadeira montanha-russa emocional pro bem ou pro mal.

“Você dará muitos passos. Dezenas se tornarão centenas. Centenas se tornarão milhares. Suas aventuras continuarão por muitos e muitos anos.”

Uma das maiores falhas de “Beau tem Medo” reside em sua narrativa fragmentada e desarticulada. O roteiro parece perdido em sua própria ambição, apresentando uma sequência de eventos que carecem de uma conexão clara e significativa. O resultado é uma experiência confusa e desorientadora para o espectador, que se vê lutando para encontrar um fio condutor que sustente a trama. Outro aspecto negativo é o ritmo arrastado do filme. A duração excessiva, combinada com uma progressão lenta da história, pode testar a paciência do público, resultando em momentos de tédio. A falta de um senso claro de direção e propósito contribui para essa sensação, tornando difícil para o espectador se manter engajado ao longo da projeção. O filme possui 2h 59m de duração que parecem uma eternidade.


A produtora que assina o filme é a “A24” a empresa tem se destacado por apoiar projetos cinematográficos inovadores, desafiadores e de alta qualidade. A abordagem distintiva da A24 é investir em filmes que transcendem as convenções e exploram narrativas e temas diversos. A produtora tem se dedicado a descobrir e apoiar cineastas emergentes e talentosos, permitindo que eles expressem sua visão autoral sem comprometer sua integridade criativa. Não tem como falar de “Beau tem medo” sem citar a A24 que existe na indústria a muito tempo com diversos filmes inovadores(talvez tema pra outro artigo..).

A estética visual de “Beau tem Medo” é linda. As cenas surrealistas e simbólicas criam uma atmosfera inquietante, repleta de imagens poderosas e simbolismos ocultos. A direção de arte e a cinematografia trabalham em harmonia para criar uma sensação de desconforto visual. É através desses elementos visuais que a experiência é amplificada, intensificando a imersão na história.

Equipe técnica de Beau tem medo:

  • Editor dos efeitos Especiais: Louis Morin
  • Supervisor de efeitos visuais: Louis Morin
  • Diretor de fotografia: Pawel Pogorzelski
  • Diretor de elenco: Jim Carnahan
  • Cenografista: Fiona Crombie
  • Chefe figurinista: Alice Babidge
  • Montador chefe: Lucian Johnston
  • Animador: Cristóbal León
  • Animador: Joaquín Cociña

Em resumo, “Beau tem Medo” é uma jornada cinematográfica que exige mente aberta e disposição para explorar territórios desconhecidos Embora tenha momentos visuais impactantes e conte com a ótima atuação de Joaquin Phoenix alguns aspectos prejudicam o filme.

“Beau tem medo” merece uma nota 6 de 10.

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