Críticas
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Review: Wakanda Forever

O falecimento do Pantera Negra do MCU, ChadwickBoseman, em 2020, trouxe muitas incertezas sobre o futuro do universo do personagem no cinema. Kevin Feige, em nome do Marvel Studios, decidiu matar também o Rei T’Challa junto com o ator. Mas o mais recente filme da Marvel, que estreia nesta quinta, 10 de novembro, mostra que, na Casa das Ideias, tudo renasce, e mesmo alguém que morreu na vida real pode ser ressuscitado de alguma forma.

Pantera Negra: Wakanda para Sempre trouxe respostas sobre quem será agora o Pantera Negra no cinema. Algumas coisas já eram esperadas, outras foram agradáveis surpresas sobre o futuro e sobre quem é de verdade esse novo herói.

Era de se esperar que o filme fosse emotivo e trouxesse homenagens a Boseman, o que realmente acontece, mas tudo é feito com extrema sensibilidade sob a batuta de Ryan Coogler, que mais uma vez se afirma como um dos diretores mais competentes em produções do MCU atualmente. 

Wakanda para sempre é extremamente autocontido, não traz muito sobre o que vem aí no MCU, a não ser por uma personagem que aparece estrategicamente. Não se deveesperar cenas pós-créditos com deixas para outros filmes, nem se deve deixar que rumores sobre personagens que estariam ou não no filme tragam falsas expectativas. 

Dá pra perceber como seria o filme antes da perda de seu ator principal. Muito da estrutura narrativa que já devia estar sendo preparada pela Marvel ainda parece estar lá. Em Vingadores: Ultimato, um suspeito tremor no fundo do mar é citado em determinado momento do filme, o que deixou muita gente em alerta para a possível chegada do Namor.

E falando no Príncipe Submarino, apesar das mudanças em sua origem e visual, tudo é feito de forma extremamente criativa e condizente com um dos principais temas que Coogler aborda no filme: a colonização. A forma como, historicamente, alguns povos foram colocados abaixo de outros com maior poderio bélico, massacrados ou escravizados.  

Wakanda para Sempre fecha a malfadada Fase 4 da Marvel – marcada por séries que se perderam na própria narrativa e filmes que erraram a mão, como Thor: Amor e Trovão – com uma obra que emociona a audiência, mas, também, empolga com cenas de batalhas grandiosas e muito bem produzidas.

Talvez a escolha de sucessor do manto de Pantera Negra não tenha sido a mais criativa ou inesperada, mas o futuro abre grandes portas para o personagem e o filme entrega um espetáculo que deixaria Chadwick Boseman orgulhoso do legado que deixou. 

Nota: 9,0 – Rafael

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